Os índices bibliográficos cumprem funções fundamentais na comunicação de pesquisas, principalmente por meio de periódicos científicos. Os registos digitais de cada documento que alimentam os índices são operados em bases de dados que permitem diversas funcionalidades ou serviços. Assim, os índices estabelecem o controle bibliográfico de pesquisas em áreas específicas, como é o caso da LILACS para América Latina e Caribe, e da MEDLINE, para todo o mundo na área de ciências da saúde; ou têm abrangência generalizada abrangendo todas as áreas temáticas, como é o caso do SciELO, para os países da Rede SciELO e Scopus para todo o mundo. Os índices são utilizados para buscar informações sobre pesquisas por diferentes critérios (assunto, autor, instituição, etc.) e, muitos deles, para a produção de estatísticas descritivas e indicadores bibliométricos calculados sobre periódicos ou artigos baseados em citações concedidas e recebidas , que são usados para medir e hierarquizar a produção científica de regiões, países, instituições, pesquisadores, áreas temáticas, etc.

Essas funções-chave dos índices estão relacionadas e impactam a classificação científica de pesquisadores, grupos de pesquisa, programas de pós-graduação, universidades e suas faculdades, departamentos e disciplinas, países e regiões. Uma vez que os índices indexam as pesquisas publicadas nos periódicos que indexam, ser indexado ou não é uma questão fundamental para os periódicos. Índices bibliométricos classificam periódicos e artigos por indicadores de desempenho para citações recebidas. Globalmente, os índices multidisciplinares mais utilizados são Scopus e Web of Science, mas, nacional e regionalmente, outros índices são usados. Na América Latina são utilizados Redalyc e SciELO. Utilizam-se bases temáticas, como é o caso da LILACS e MEDLINE para periódicos da área da saúde.

Uma das contribuições mais importantes dos índices é dar visibilidade aos periódicos e às pesquisas que eles relatam. Assim, os periódicos buscam estar indexados nos índices mais importantes. Sendo indexados, os periódicos buscam aumentar seu desempenho no ranking de indicadores bibliométricos. O desempenho nos rankings é identificado como o impacto da revista. Pari passu, os pesquisadores buscam publicar seus artigos nos periódicos de maior visibilidade e impacto.

Para entrar e permanecer em um índice, os periódicos devem atender aos requisitos de normas e boas práticas editoriais em termos de gestão, operação e desempenho. Os índices atendem a esses requisitos nos chamados critérios de indexação. Em geral, há muita semelhança entre os critérios do índice. Dentre os índices internacionais, o SciELO possui um dos critérios de indexação mais avançados. Os critérios são contextualizados para as condições de cada país.

O seminário abordará três apresentações sobre temas convergentes. Primeiro, a estrutura e aplicação dos critérios de indexação SciELO e suas principais convergências e diferenças com os índices de referência internacionais. Segundo, uma lista de todos os periódicos indexados dos países da Rede SciELO; Terceiro, a distribuição da indexação dos periódicos da Rede SciELO nos índices bibliográficos considerando países, áreas temáticas e idioma de publicação.